Pesquisa da Startup Farm revela a mortalidade das startups brasileiras

A Startup Farm, maior aceleradora da América Latina, realizou o primeiro estudo sobre mortalidade de startups brasileiras.

O levantamento, publicado em 7 de julho por Época NEGÓCIOS, analisou 191 empresas do portfólio entre 2011 e março de 2016. O estudo aponta que 74% das startups brasileiras fecham após cinco anos, enquanto 67% encerram suas atividades entre dois a cinco anos de funcionamento e 18% em até dois anos de operação.

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Entre os motivos da mortalidade estão conflitos entre os sócios e o desalinhamento entre a proposta de valor e o interesse do mercado, segundo Igor Mascarenhas, diretor de investimentos da Farm.VC, área que acompanha a evolução das startups e auxilia na captação de aportes.

B2B x B2C

Até 2013, as startups brasileiras focavam mais no modelo B2C. “É mais fácil encontrar – e se propor a resolver – problemas vinculados a pessoas físicas”, afirmou Igor Mascarenhas a Época NEGÓCIOS.

O B2C também sempre gerou mais desejo, pois foi o modelo adotado por grandes cases mundiais, como Facebook, Google e Airbnb. As startups, no entanto, começaram a perceber que o foco em pessoas físicas é mais difícil, pois necessita de mais capital. Nesse modelo, há maior dificuldade em monetizar no curto prazo.

A partir de 2014, apenas 21% das startups focavam em B2C, contra 64% em B2B. Uma das explicações é que o foco no mercado corporativo gera caixa mais facilmente. A escolha pelo modelo B2B então continuou em 2015, com 38% das startups adotando esse modelo, contra 27%, e em 2016 – 50% (B2B) e 14% (B2C).

Setor de atuação

O principal setor de atuação das startups no período do estudo é o varejo (16%), seguido por gestão empresarial (9%) e TI e Telecom (8%).


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