O que é uma startup?

Uma startup é uma instituição humana projetada para criar novos produtos e serviços sob condições de extrema incerteza. Essa é a definição feita por Eric Ries, autor da obra The Lean Startup, um dos mais conceituados livros de empreendedorismo tecnológico da atualidade. Aqui na Startup Farm, entendemos que essa incerteza está relacionada com inovação. E adicionamos a esta definição o potencial de rápido crescimento em escala. Assim, quando um empreendedor abre uma startup, aposta em um novo negócio inovador, de alto risco, com alto potencial de crescimento em larga escala. 
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Em geral, por estarmos falando de algo inovador, cheio de indefinições, muitas questões não estão bem definidas no modelo de negócio da startup. “No começo, você não sabe muito bem definir qual é o produto, quem é o cliente, tem uma série de questões em aberto, por isso a grande incerteza desse modelo”, afirma Felipe Matos, fundador da Startup Farm.

Mas, e se um empreendedor decidir abrir um negócio mais tradicional, como uma padaria, por exemplo? É possível considerar uma padaria como startup? A resposta é NÃO! Uma padaria tem um modelo de negócio conhecido e bem definido, com baixo risco e grau de incertezas. E o mais importante: não apresenta um modelo altamente escalável.

O que é ser escalável?

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“É aumentar o número de clientes, sem que as despesas cresçam na mesma proporção. Ou seja, a capacidade de crescer muito rapidamente, descolando o crescimento da receita das despesas. Nesse caso, o crescimento não pode ser dependente do ‘homem-hora, diz Matos.

Portanto, assim como a padaria, um escritório de advocacia, por exemplo,  seria um modelo difícil de escalar, pois para crescer, é necessário contratar mais advogados que possam entregar mais horas de serviço ao cliente. Já quando falamos em um serviço que distribuiu conteúdo em formato eletrônico, vender para um novo cliente tem um custo adicional muito baixo. Quando o custo marginal, ou seja, o necessário para crescer em novas vendas, estiver descolado da força de trabalho, bingo! Já estamos começando a falar do modelo de negócio esperado de uma startup.

Mas…como criar esse descolamento de custo e receita? Felipe Matos relata que ele vem com o uso intensivo da tecnologia:

“Hoje com Inteligência artificial é possível realizar tarefas que antes demandavam horas de pessoas. A tecnologia pode ser replicada apenas aumentando os recursos do servidor, a um custo muito menor do que seria a contratação de mais horas de pessoas. Este é um bom exemplo de uso da tecnologia para criar escala”.

Outra maneira de entender uma startup é pensar em modelos de negócios disruptivos.


Fonte: Portal G1. 

O Uber, é uma startup, pois criou uma solução inovadora para a maneira como nos deslocamos. E é bastante escalável, já que a Uber não é proprietária de veículos, nem contrata motoristas como funcionários. Ela cresce conectando uma rede de motoristas parceiros a passageiros, de forma que seu custo para adicionar novos veículos à sua rede é muito baixo – assim o modelo está sendo implantado rapidamente em várias regiões no mundo.


Fonte: filme “A Rede Social”.

O Facebook é outro grande case!
Uma rede social com uma escala gigantesca: é uma empresa que divulga conteúdos e notícias, mas sem o custo de ter um único jornalista, videomaker ou fotógrafo contratado. Quem fornece os conteúdos são os próprios usuários!
Hoje é uma das mais poderosas plataformas de mídia do mundo. Em dezembro de 2005, a rede social havia alcançado 5,5 milhões de membros. Em dezembro de 2015, a empresa fechou o ano com 1,59 bilhão de usuários, dos quais 65% acessavam a rede todos os dias. É uma evolução surpreendente para 10 anos.

Nem todas as startups terão evoluções tão rápidas e tão grandiosas, mas devem ter o potencial de mudar, de alguma maneira, a realidade que conhecemos hoje.

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