Enfrentando desafios? 3 cases de startups de sucesso para inspirar empreendedores
Sabemos que não é fácil. Desenvolver uma startup é um exercício complicado, que demanda bastante metodologia e estratégia, mas também muita coragem e força de vontade. Diante de tantos obstáculos, não é raro que dê vontade de desistir, né?
Para te inspirar neste objetivo e aumentar as suas chances de desenvolver uma startup de sucesso, trouxemos alguns cases reais das próprias startups aceleradas pela Startup Farm. Estas pessoas, assim como você, também passaram por diversas dificuldades e até acharam que não seria possível – até que conseguiram fazer. Saiba mais sobre como eles superaram as crises e agora estão revolucionando o mercado em que atuam:
Os universitários são os nossos futuros tomadores de decisão – e foi nisso que a Partyou decidiu apostar! A fintech oferece soluções financeiras para atléticas e centros acadêmicos, simplificando a gestão das organizações estudantis. O CEO, Otávio Dutra, comenta: “o universitário é cheio de ideias, mas não necessariamente têm as ferramentas necessárias para o que quer fazer. Ele tenta executar atividades profissionais nas entidades estudantis, quer construir coisas e impactar o ambiente, mas tem dificuldade para conseguir. Foi aí que decidimos segmentar nesse setor tão específico da sociedade, mas que tem muito potencial por atingir todos os alunos.”
Falando assim, até parece que é tudo muito fácil. É claro que não: antes de dar certo, teve de dar errado. Eles começaram acolhendo todo o mercado, sem um nicho específico e, depois de 2 meses em uma taxa de crescimento muito menor do que o acostumado no período, chegaram a dizer: “Isso não vai pra frente. Vamos parar de gastar o nosso dinheiro e o de todo mundo…”. Por este motivo é que decidiram entrar no programa de aceleração da Startup Farm, onde as 5 semanas de imersão seriam destinadas ao “tudo ou nada” – ou a startup evoluiria ou, no pior (mas possível) dos casos, os fundadores iriam desistir. Ouviram até que “vocês têm uma serenidade de abandonar isso que dá até medo em quem investe…”, o que Otávio completa: “não é que fôssemos abandonar, mas mantínhamos um princípio de fail fast”. Felizmente, não foi o que aconteceu: conseguiram achar um espaço de mercado com demanda alta, pouco atendido e que dominavam. Ufa!
Ainda sobre o programa, o CEO acrescenta que o maior ganho foi a mudança de mindset que a rede empreendedora provocou nos fundadores. “Encontrar pessoas e empresas que passaram pela aceleração e hoje estão dando muito certo, sentar com eles e discutir sobre estratégia, perceber que nossas práticas eram práticas que eles também tinham… Ao ver pessoas fazendo negócios gigantes, a gente se deu conta de que também poderíamos tocar um negócio gigante. Pensei: pô, por que o Fulano acha que a empresa dele vai valer 1 bilhão de reais e eu não posso achar o mesmo da minha? Foi um processo de autoestima superimportante, em que aprendemos a olhar para nós mesmos e falar “caramba, nós somos bons!”.
Hoje, eles têm uma base com mais de 30 mil clientes cadastrados e transacionaram, só em 2018, R$1,8 milhão de reais. E olha que estão só começando!
A InfoPrice é uma empresa de tecnologia e inteligência de negócios que compara os preços do varejo físico e vende as informações para os concorrentes varejistas e das indústrias. Por terem como clientes as grandes empresas, em que o ticket médio é alto (e o risco também!), a primeira barreira que enfrentaram foi o receio que havia sobre se conseguiriam efetivamente entregar a proposta de valor. O CTO, Marcus Roggero, lembra: “foi complicado no começo porque os potenciais negociantes tinham bastante medo. Uma coisa é a gente chegar e falar que faz, mas quem é que quer ser o primeiro cliente? Ninguém. Eles perguntavam “para quem você já fez?” e a gente dizia que pra ninguém, o que fazia com que não quisessem assumir o risco. Diferente do consumidor final, que adora testar, o profissional de uma empresa grande não quer ser o early adopter, prefere fazer negócio só depois de comprovado…”. A estratégia, então, foi assumir todo o risco e tirá-lo da mão dos clientes: a startup apostou em um modelo de contrato em que, durante 30 dias, trabalhariam sem cobrar nada. Após este período, se alguns KPIs fossem alcançados, o contrato passaria a valer de forma recorrente, por pelo menos 12 meses, e contando com o pagamento do primeiro mês retroativo. Esta foi a forma de demonstrar na prática que tinham a capacidade de entregar o que estavam prometendo e conseguir adquirir os clientes que eram difíceis de conquistar. Baita dica, né?!
Mas não para por aí, não! A equipe, que participou do nosso programa de aceleração em 2013, teve de invalidar muitas hipóteses antes de estarem prontos para testar. Marcus explica: “Passar pela Farm foi incrível pra gente! Nós vivemos a experiência ao máximo, praticamente moramos lá na época. Conseguimos falir dois negócios em três semanas, porque atingimos uma grande velocidade de testar as coisas e ver o que ia dar errado muito mais rápido do que se tivesse feito por conta. Foi durante as cinco semanas iniciais que eliminamos algumas suposições e chegamos ao nosso produto ideal, que é o principal até hoje! Então, é isso o que eu falo ainda atualmente, que é pra galera entrar de cabeça, como nós fizemos, e aproveitar ao máximo todas as mentorias, os conteúdos e tarefas. É tudo muito valioso.”
Atualmente, a empresa conta com números bem expressivos: receberam, em 2018, R$12 milhões de investimento e a equipe, que começou pequenininha, hoje já tem mais de 300 pessoas. Um crescimento destes não é para qualquer um!
O Keeper nasceu com o propósito de descomplicar a vida financeira dos universitários, oferecendo uma plataforma de arrecadação para comissões de formatura. Eles sabiam que a dor era bastante latente (quem nunca viu nos noticiários sobre empresas de formatura que fugiram com o dinheiro de festas e viagens?!), mas tiveram que se desprender de algumas ideias ao passarem pela aceleração. CEO da empresa, Caio Zenatti esclarece: “A gente já tinha uma operação com receita considerável, estava dando certo e nosso objetivo era aprender a vender mais daquilo mesmo. Com isso, era bem difícil, logo de cara, entrar num programa e começar a discutir e revisitar a proposta de valor. Mas foi aí que aprendemos que a gente tinha que conversar com os clientes, saber qual problema estávamos realmente resolvendo, o que poderíamos fazer de melhor… Foi assim que vimos que seria preciso mudar o foco: nossa venda era muito pautada na segurança sobre o valor arrecadado, mas percebemos que o melhor seria destacar a conveniência. A segurança, ainda que fosse um problema gigante, era secundário. As comissões precisavam de uma plataforma fácil de usar, fácil de receber e sacar o dinheiro… A partir do momento em que isso ficou claro, tivemos uma tração muito maior”.
É o que dizem: às vezes, uma simples mudança faz toda a diferença! Tendo isso em vista, a equipe conseguiu saber a melhor forma de se posicionar e aproveitou o programa de aceleração (Ahead | Visa, 2017) para estudar e desenvolver alguns pontos estratégicos. “A gente teve uma imersão nas técnicas que as startups fazem em todo o mundo, por exemplo, aprender melhor sobre como fazer marketing digital, o que é marketing de conteúdo, definir personas e direcionar o material para que os clientes venham até nós. Também teve a questão de se transformar em uma empresa de tecnologia, já que antigamente a gente era muito mais voltado pro comercial. A Farm nos ajudou a achar um CTO, colocar metodologias ágeis em ação… Eu falo com o maior prazer e com todo mundo que a aceleração transformou a nossa empresa”. E os números comprovam: hoje, vendem cinco vezes mais do que antes de passarem pelo programa!
Como é bom receber relatos assim! <3 Ficamos muito contentes ao perceber nosso papel de transformação nas startups aceleradas (e nos nossos farmers!) e com a sensação de que estamos mesmo no caminho certo.
Se você gostou destes insights e acha que é disso que sua startup precisa, continue nos acompanhando e deixe seus dados em nosso site. Assim, te avisamos quando as inscrições para o Ahead 12, a próxima edição do nosso programa de aceleração, forem abertas. 😉