5 dicas para você fazer um investimento anjo assertivo!

Você ou a sua empresa sabem como investir em startups? É bom ficar por dentro! De acordo com o nosso farmer Paulo Castello, CEO & founder da Fhinck, em entrevista que fizemos no último post do nosso blog, o investimento é uma das tendências no relacionamento entre grandes empresas e startups. A prática de investir em startups pode ser vantajosa para grandes empresas, quando são levados em consideração critérios como: o mercado em que a empresa atua, sua estratégia de ampliação de portfólio, o comportamento do seu cliente, sua estrutura organizacional e a estrutura jurídica do investimento. Dessa forma, a chance do investimento corporativo (Corporate Venture) em startups ser bem sucedido, é maior.

Entretanto, os aportes de Corporate Venture, assim como dos fundos de Venture Capital formados por capitais de pessoas físicas de alta renda, costumam ser feitos em negócios que já estão em estágio avançado com produto validado e sendo comercializado no mercado. Mas qual seria a opção, então, para startups em estágio inicial de operação, que ainda estão validando hipóteses e descobrindo quem é o seu cliente? Neste caso, o perfil de investimento mais indicado para ajudá-las é o do investidor anjo, que é uma pessoa física com uma trajetória empreendedora e/ou corporativa de sucesso, que dispõe de capital e conhecimento para ajudar novos negócios a prosperarem, como é o caso de Guilherme Horn, CEO & Partner da Accenture; Leonardo Teixeira, General Partner para Venture Capital da Iporanga Investimentos ; Claude Ricci, General Partner da Lotus Venture Investments, vencedores do Prêmio Anjos do Brasil 2017.  

Para pessoas que ainda não têm a prática de investir em startups e não conhecem bem o ecossistema de empreendedorismo digital, o investimento anjo, que geralmente é realizado no valor de até R$500 mil por investidor, pode ser uma boa porta de entrada. E neste post, para te ajudar a dar os seus primeiros passos nesta modalidade de investimento, que no Brasil atingiu o valor total de R$ 851 milhões em 2016, preparamos 5 dicas:

1-) Conheça bem o empreendedor e alinhe os seus objetivos.
Investimentos são relacionamentos de longo prazo, por isso, aproveite para conhecer bem o empreendedor no momento em que ele não está precisando de dinheiro. Assim, antes de tomar a decisão de investimento, monitore o empreendedor durante um período determinado (que pode variar de 3 a 6 meses, conforme a necessidade e urgência de capital da startup), e avalie o comprometimento pessoal dele e os resultados do seu negócio. Além da capacidade de execução dos empreendedores, outros importantes critérios para analisar startups em início de operação, são: mercado potencial da solução, sua aceitação pelo cliente, modelo de negócio e insights gerados pelos exercícios de validação.

2-) Invista em startups onde sua rede e seu capital intelectual sejam valiosos
Investidores anjo podem agregar muito valor para startups gerando networking e insights de mercado, e muitas vezes, este papel de mentor, pode ser tão valioso quanto o aporte financeiro.
Para a sua mentoria de fato contribuir na evolução das startups, é importante que você provoque e faça perguntas, trazendo questionamentos sobre as premissas que os empreendedores estão utilizando para construir o seu negócio.

3-) Tenha um bom advogado com experiência em startups.
Uma assessoria jurídica que trabalhe com startups, como é o caso dos nossos parceiros da Baptista Luz Advogados, pode te ajudar a avaliar o negócio no âmbito financeiro, tributário, societário, de propriedade intelectual e trabalhista.
Uma outra contribuição relevante da assessoria jurídica é a formalização da relação contratual entre você e a empresa investida, dentro de parâmetros muito usados no ecossistema empreendedor, como o Contrato de Participação entre o empreendedor e o investidor anjo, com a finalidade de fomento à inovação e aos investimentos produtivos.
O procedimento acima foi estabelecido na Lei Complementar 155/2016, responsável pela regulamentação do investimento anjo no Brasil, que eliminou diversos riscos da modalidade, como a obrigatoriedade do investidor em arcar com dívidas trabalhistas e fiscais da startup, com a possibilidade do comprometimento do seu patrimônio pessoal para arcar com o passivo. Portanto, o maior risco do investidor anjo na legislação atual são as perdas sobre o dinheiro investido.
Se o seu objetivo é investir e se tornar sócio da startup, é importante fazer um contrato com controles de segurança para o investidor, como: o put option, que é o direito de exercer opção de saída da sociedade, através da venda de suas ações por um valor simbólico aos fundadores, prática muito utilizada em casos de fraudes; o drag along, que é a prerrogativa do investidor vender suas ações e sair do negócio quando acontece uma troca no controle da startup, por exemplo, quando os fundadores deixam a empresa.

4-) Participe de eventos do ecossistema de startups.
Dessa forma você pode conhecer empreendedores em momentos diversos e avaliar oportunidades, além de trocar experiências com investidores que já aportaram recursos em startups. Neste contexto, um espaço relevante é o Campus São Paulo, que tem uma agenda mensal com muitas iniciativas para conectar os players do ecossistema empreendedor, como: empreendedores, investidores, aceleradoras, produtores de conteúdo, escolas de formação para profissionais atuarem no mercado digital, etc.  O Campus São Paulo é um espaço do Google For Startups, iniciativa do Google para fomentar o empreendedorismo em diversos ecossistemas mundiais, que tem a Startup Farm como um de seus parceiros.

5-)Se você nunca fez isso antes, não invista sozinho de primeira.
Existem vários grupos de investidores anjo que podem ser uma excelente forma para você entrar nesse mundo e ganhar experiência antes de assumir um maior risco, pois neste contexto, você contará com a avaliação de outros investidores mais experientes, que podem te ajudar na análise de critérios importantes, como: capacidade de execução e perfil dos empreendedores, mercado potencial da startup, expectativa de retorno e momento econômico.

Além disso, ao investir em rede você também pode aportar o seu capital em vários negócios e distribuir o seu risco. Por exemplo, se existem 5 startups que estão em estágio inicial e precisam de R$100.000,00, você pode aportar R$20.000,00 em cada uma e os outros investidores completam o valor residual.

Para conectar-se com investidores, você pode procurar associações que têm expertise neste tipo de match, como a Anjos do Brasil.



Portanto, antes de começar, é importante você saber que o investimento anjo é um investimento como qualquer outro, e por isso, envolve riscos, mas com possibilidades de retorno maiores porque as soluções das startups são inovadoras e escaláveis. Então, avalie com cautela o empreendedor, a startup e quando for investir, faça em rede!

Aqui na Startup Farm, temos diversas oportunidades de investimento nas startups que aceleramos. Para saber mais, clique aqui

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